Procon e Campinas orientam comerciantes a evitar compra de produtos falsificados; veja recomendações
Metanol em bebidas: só teste de laboratório pode detectar Após emitir alerta reforçando que serviços de saúdem comuniquem possíveis casos de intoxicaçã...

Metanol em bebidas: só teste de laboratório pode detectar Após emitir alerta reforçando que serviços de saúdem comuniquem possíveis casos de intoxicação por metanol ao Ciatox da Unicamp, a prefeitura de Campinas soltou outro comunicado, em conjunto com o Procon. O documento traz orientações a comerciantes de como evitar compras de produtos falsificados. O alerta é destinado a fornecedores, distribuidores, bares, restaurantes, organizadores de eventos e plataformas de comércio eletrônico e foca nas ações necessárias para garantir a segurança dos consumidores e conformidade com a lei. O documento reforça que, caso haja suspeita de adulteração, o comerciante deve: interromper imediatamente a venda ou serviço do lote; isolar as unidades; registrar horário e responsáveis; preservar evidências (caixas, garrafas, rótulos); e manter ao menos uma amostra íntegra por lote para eventual perícia. Os órgãos reforçam que a segurança dos consumidores depende da responsabilidade de toda a cadeia comercial, e que o cumprimento rigoroso dessas orientações é fundamental para a proteção dos consumidores e para a conformidade com a legislação vigente, prevenindo riscos à saúde e fraudes no mercado de consumo. Veja as recomendações completas abaixo. Compra segura e rastreável: Adquira exclusivamente de fornecedores formais, com CNPJ ativo e histórico confiável; Exija e guarde a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e): A NF-e é o principal documento que comprova a origem legal do produto; Verifique a chave de acesso de 44 dígitos no Portal da NF-e (https://www.nfe.fazenda.gov.br/portal); Mantenha cópias físicas ou digitais organizadas por lote e data de recebimento. Licenças, alvarás e certificado de licenciamento integrado (CLI) Adquira produtos apenas de fornecedores e distribuidores que possuam Licenças e/ou Alvarás emitidos pelos órgãos reguladores competentes do município ou do estado. No estado de São Paulo, é obrigatório que o estabelecimento possua o Certificado de Licenciamento Integrado (CLI) e/ou a Licença Sanitária, conforme exigido pela legislação vigente. O CLI pode ser consultado e/ou validado por meio de consulta pública no site da Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp): https://www.jucesp.sp.gov.br/IntegradorPaulista/ConsultaPublica. Recebimento e conferência de produtos Realize a conferência com dupla checagem: duas pessoas devem verificar os produtos no momento da entrega; Confirme: marca e fabricante, teor alcoólico, volume, número de lote, integridade do rótulo e lacre; Registre a data, quantidade recebida, fornecedor e chave da NF-e em planilha ou sistema de controle. Armazenamento seguro Armazene os produtos em local limpo, seco, ventilado e com acesso restrito; Evite contato com fontes de calor ou produtos químicos; Mantenha amostras de cada lote para eventual análise laboratorial. Sinais de alerta para adulteração Preço muito abaixo do mercado; Lacres violados ou rótulos com erros ortográficos; Garrafas com acabamento grosseiro ou rebarbas; Ausência de informações obrigatórias como fabricante, lote e teor alcoólico; Odor forte semelhante a solvente ou aparência turva. Proibições e alertas Não realize testes caseiros para verificar autenticidade da bebida: métodos como acender fogo, cheirar ou provar são ineficazes e perigosos. Apenas laboratórios credenciados podem realizar análises confiáveis; Não transvasar ou reacondicionar bebidas — isso pode configurar crime contra a saúde pública; Não reutilizar garrafas — descarte de forma segura, inutilizando a embalagem. Em caso de suspeita Interrompa imediatamente a venda do produto suspeito; Isole fisicamente o lote e preserve todas as evidências (embalagens, NF-e, registros); Comunique imediatamente: Vigilância Sanitária Municipal; Polícia Civil; Procon e o Disque Intoxicação da Anvisa (0800 722 6001) Casos de intoxicação por metanol Itoxicação por metanol a partir do consumo de bebidas alcoólicas batizadas - como gim, vodca e whisky - já provocou casos de internação grave Unsplash O Brasil registrou 43 notificações de intoxicação por metanol até esta quarta-feira (1º), de acordo com o Centro Nacional de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS Nacional). Desses, 39 são em São Paulo — sendo 10 casos confirmados de intoxicação por metanol em bebida e 29 em investigação — e 4 em investigação em Pernambuco. Foi registrada uma morte em São Paulo, enquanto outras sete seguem em investigação, cinco em São Paulo e dois em Pernambuco. A intoxicação por metanol a partir do consumo de bebidas alcoólicas batizadas — como gim, vodca e whisky — já provocou casos de internação grave, perda de visão e até mortes no estado de São Paulo nas últimas semanas. 🔍 O metanol é um álcool usado industrialmente em solventes e outros produtos químicos, é altamente perigoso quando ingerido. Inicialmente, ataca o fígado, que o transforma em substâncias tóxicas que comprometem a medula, o cérebro e o nervo óptico, podendo causar cegueira, coma e até morte. Também pode provocar insuficiência pulmonar e renal. Até o momento, seis mortes em São Paulo estão relacionadas à intoxicação. Uma delas já foi comprovadamente causada pelo consumo de bebida adulterada, enquanto outras cinco seguem em apuração. Infográfico: o impacto do metanol no corpo humano. Arte/g1 VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias sobre a região no g1 Campinas